Salvador, 10 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Último fim de semana de “Um Defeito de Cor” no Muncab tem entrada gratuita

A exposição “Um Defeito de Cor” chega no último fim de semana de visitação no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). A visitação pode ser feita gratuitamente nesta sexta-feira (1º), sábado (2) e domingo (3), das 10h às 17h, na Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico. O agendamento é feito através de link disponível no perfil do Instagram do Muncab (@muncab.oficial).

 

A mostra é resultado da parceria entre a Prefeitura de Salvador, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira (Amafro) e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), com a concepção original do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR). A exposição foi inspirada no romance literário “Um Defeito de Cor”, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves. Inclusive, a própria autora faz parte da curadoria, ao lado de Ana Bonan e Marcelo Campos.

 

O livro também inspirou o samba-enredo da Portela no Carnaval deste ano, levando a escola de samba a conquistar o estandarte de ouro do grupo especial. Com o desfile e premiação, os livros foram esgotados em uma multinacional de tecnologia norte-americana.

 

Acervo – Salvador foi a segunda cidade a receber a premiada exposição, montada inicialmente no MAR, e daqui ela segue para o Sesc Pinheiros, em São Paulo. O acervo conta com 370 obras de mais de 100 artistas do Brasil e do mundo e está dividido em dez núcleos, cinco deles no térreo e cinco no primeiro andar.

 

Esses núcleos foram inspirados nos dez capítulos do livro. A mostra fala das lutas e das resistências afro-diaspóricas nas Américas, do protagonismo feminino, da religiosidade, dos símbolos que fazem parte da cultura africana e afro-brasileira e também da África Contemporânea.

 

No local, é possível apreciar peças raras de artistas baianos, a exemplo do Mestre Didi, do ferreiro José Adário dos Santos (Zé Diabo), J. Cunha, das bonecas de Valdete da Silva (Mãe Detinha), e das colagens de Yêdamaria, uma das fundadoras do Muncab. Também fazem parte do acervo as fotografias do nigeriano Iké Udé e peças de outros artistas internacionais.

 

“A exposição ‘Um Defeito de Cor’ tem um lugar muito significativo aqui nesta cidade, que é a cidade mais negra fora de África. Para além do Muncab ser esse lugar de salvaguarda dessa história da cultura afro-brasileira contada por pessoas negras, o que é muito potente, ele é um espaço de difusão da arte negra, da difusão do trabalho desenvolvido por artistas visuais negros do nosso país e da nossa Salvador. São poucas as experiências no país semelhantes à do Muncab, que é um museu vivo”, afirma a diretora de cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Mayla Pitta.

Fotos: Jefferson Peixoto/Secom PMS

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