Salvador, 10 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

“Orquestras Juvenis em Rede”: Neojiba sedia encontro internacional de gestores de projetos sociais musicais

SJDH e Funarte promovem Encontro Ibero-americano, trazendo debates importantes sobre prática orquestral e como promover a diversidade cultural em iniciativas dessa natureza
Gestoras/es de projetos sociais ligados à música, vindos de seis países e de 10 estados do Brasil, se reúnem até sexta-feira (17), na sede do Neojiba, em Salvador-Bahia. A atividade propõe a troca de experiências e a abordagem de novas perspectivas para a educação musical de crianças e jovens. Trata-se do “Orquestras Juvenis em Rede: Encontro Ibero-americano de gestores de orquestras sociais e juvenis”.
Representantes de países como Colômbia, Costa Rica, Cuba, México e Uruguai participam da capacitação, assim como convidados e profissionais da sociedade civil. O Encontro Ibero-americano é promovido pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), órgão vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).
Iniciado nesta quarta-feira (15), o encontro acontece na sede do Neojiba – Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia, no Parque do Queimado, em Salvador. A programação inclui debates importantes sobre prática orquestral; promoção da diversidade cultural; e intercâmbio de projetos musicais. Apresentações musicais das orquestras Rumpilezzinho, Afrosinfônica, na Casa da Ponte, e Neojiba integram a programação da capacitação. Já as mesas temáticas trazem reflexões sobre os desafios e avanços das políticas públicas culturais voltadas à juventude e à música; os impactos sociais; valorização das identidades; e como as tecnologias e práticas criativas podem transformar projetos e orquestras juvenis.
A superintendente de Apoio e Defesa aos Direitos Humanos da SJDH, Trícia Calmon, compôs a mesa de abertura e destacou o papel do Neojiba para a proteção da infância e da juventude baiana. “Não tenho dúvidas de que todo e qualquer investimento nas orquestras juvenis é investir na criança, no adolescente e jovem. No caso do Neojiba, temos um número de crianças e adolescentes que são alcançados pelo programa. Ele, portanto, é uma estratégia de proteção à infância e à juventude. As orquestras transformam vidas em termos de desenvolvimento humano, fortalecimento das famílias e das comunidades. Essa articulação em rede é absolutamente necessária para que todos tenham oportunidades. A arte, em todos os cantos do mundo, traz esperanças”, ressaltou Calmon.
Além da presidenta da Funarte, Maria Marighella, participaram da abertura do Encontro Internacional de Gestores de Orquestras, a diretora-geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Sara Prado; o diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM), maestro Ricardo Castro; e a diretora do Centro de Música da Fundação; Eulícia Esteves.
Mesas Temáticas
Realizada em três dias, a capacitação tem como foco promover o intercâmbio entre os países da América Latina para o desenvolvimento de projetos socioculturais; discutir boas práticas; trazer inovações na gestão de orquestras; e refletir os desafios da cooperação internacional e da sustentabilidade dos projetos musicais juvenis. Maestros, coordenadores de orquestras e de filarmônicas e educadores musicais participam da mesa redonda.
Iberorquestras Juvenis
Desde 2023, o Brasil integra o programa de cooperação técnica de Iberorquestras Juvenis para formação artística de crianças e jovens por meio da educação musical e da prática orquestral. Atualmente, além do Brasil, o grupo é composto por Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Portugal e Uruguai. Em abril deste ano, o país sediou XXXII Reunião do Conselho Intergovernamental, no Rio de Janeiro.
PROGRAMAÇÃO
15 de outubro (quarta-feira)
8h- Credenciamento
9h- Abertura
10h- Mesa 1 – Orquestrando o futuro: políticas públicas, redes e futuro
14h- Mesa 2 – Música e território: desafios e potências nas orquestras de contextos periféricos e em vulnerabilidade
16h30- Mesa 3 – Educação musical inclusiva: entre caminhos, barreiras e fronteiras
18h- Apresentação artística – Rumpilezzinho
16 de outubro (quinta-feira)
9h- Apresentação artística – Orquestra NEOJIBA
9h30- Caso NEOJIBA
10h- Mesa 4 – Práticas artísticas e repertórios: identidade e engajamento de jovens músicos a partir da seleção de repertório para orquestras juvenis
14h- Mesa 5 – Inovação e práticas musicais: como tecnologias e práticas criativas podem transformar projeto e as orquestras juvenis
16h30- Mesa 6 – Música em três tempos: os desafios e prazeres de conciliar arte, educação e o social
19h30- Apresentação artística – Orquestra Afrosinfônica (na Casa da Ponte)
17 de outubro (sexta-feira)
9h30- Apresentação artística – Quarteto de Cordas do Sesc Roraima
10h- Mesa 7 – Iberorquestras Juvenis: panorama América Latina
14h- Mesa 8 – Jovens e o mercado: profissionalização e sustentabilidade no mercado de trabalho musical
16h- Encerramento
Fotos: Marcella Saraceni e Matheus dos Anjos

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