Salvador, 8 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Professor defende que Brasil dê exemplo com Mapa do Caminho

Documento é roteiro para afastamento de combustíveis fósseis

O Brasil deve ser o primeiro país a adotar o Mapa do Caminho, defendeu nessa segunda-feira (24) o professor Aldo Fornazieri, diretor acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).

O Mapa do Caminho, um roteiro para o afastamento dos combustíveis fósseis – emissores de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global – proposto pelo Brasil na COP30, não foi levado ao documento final do encontro, já que não obteve unanimidade entre os participantes. No entanto, a proposta teve o apoio de mais de 80 países.

“Nós temos o dever agora, já que o [presidente] Lula lançou essa ideia boa, de cobrar que o Brasil seja o primeiro a traçar o Mapa do Caminho aqui. Quer dizer, não é o fato de a ONU [Organização das Nações Unidas] não ter abraçado essa ideia de forma decisiva que agora o governo tem que se eximir. Se o presidente lançou a ideia, então o Brasil é obrigado a construir o mapa do caminho”, disse.

“Até para o Brasil ser líder dessa questão, e ele tem legitimidade para isso, tem que dar o exemplo, assumir essa responsabilidade”, acrescentou o professor no evento Pós-COP30 “O Brasil Diante das Transformações Globais”, que ocorreu na sede da FESPSP, na capital paulista.

Durante a COP30, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que, mesmo não sendo aprovado, o Mapa do Caminho não foi descartado. Pelo contrário, fará parte dos próximos meses de discussão entre os países. O Brasil segue na presidência da COP até novembro de 2026.

“O Mapa do Caminho já não é mais uma proposta apresentada pelo Brasil, pelo presidente Lula, mas por dezenas de países e por milhares e milhares de pessoas em todo o mundo, chancelada pela comunidade científica”, disse Marina.

Ela acredita que cada país deverá ter o seu próprio Mapa do Caminho. “Um país rico, eu imagino que todos já têm seus mapas do caminho, já têm suas trajetórias muito bem planejadas. Agora, países em desenvolvimento, pobres, dependentes inclusive de petróleo em suas economias, não têm essas trajetórias. É por isso que é muito importante o esforço que será feito”.
Agência Brasil

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