Salvador, 8 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Biblioteca afro-indígena no Subúrbio incentiva práticas antirracistas e de combate ao machismo

O bairro de Alto de Coutos, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, abriga a Biblioteca Social Afro-indígena Meninas do Subúrbio. Fundado em março de 2022, o espaço educativo e cultural é voltado ao cuidado integral de mulheres e crianças através das práticas antirracistas e de combate ao machismo.
Idealizadora do espaço, a professora da rede municipal de ensino da capital baiana Dejanira Rainha explica que a iniciativa fluiu através do desejo de realizar um trabalho voltado exclusivamente para mulheres negras moradoras da periferia. “Queríamos que essas mulheres tivessem um espaço de acolhimento e que também pudessem acessar a bens culturais que geralmente são negados a pessoas periféricas”, explica.
Dejanira destaca ainda que um dos papéis fundamentais da biblioteca é manter uma educação organizada quebrando os preconceitos enraizados na sociedade. “Queremos que as pessoas sejam educadas para que compreendam o valor das mulheres, da pessoa negra, da mulher negra como ser humano, valor esse que vem sendo negado há muitos anos”, conta.
Na Biblioteca Social é possível realizar o empréstimo de livros, mas para quem preferir, há também uma área de leitura no local, além de um espaço para jogos de tabuleiro e brincadeiras livres. Além disso, é possível assistir também a saraus e oficinas oferecidas por artistas e artesãos de Salvador e participar de momentos de lazer com cinema e oficinas de leitura e escrita.
Outro ponto forte do espaço é o serviço de massoterapia que acolhe mulheres de toda a região, proporcionando momentos relaxantes, além de tratar diversas condições crônicas e auxiliar no tratamento de doenças. “Recebemos aqui mulheres que precisam ser cuidadas e acolhidas, tendo seus corpos respeitados, afagados de maneira respeitosa e carinhosa que é justamente o que o serviço de massoterapia relaxante proporciona”, ressalta Dejanira.
Crianças e adolescentes – Além das mulheres, o local recebe ainda crianças e adolescentes entre 3 e 15 anos de idade. O local também é aberto para visitação de grupos escolares locais. “Trabalhamos principalmente para elevar a autoestima e estabelecer a valorização intrínseca desse ser negro, da criança negra, da menina negra, do menino negro, por isso nossas portas estão sempre abertas para as crianças”, afirma a professora.
A Biblioteca Social Afro-indígena Meninas do Subúrbio funciona das 17h30 às 19h, nas quartas e sextas-feiras. Já na quinta-feira, o horário de funcionamento é das 9h às 19h e aos sábados, das 10h às 16h.

Fotos: Lucas Moura/Secom PMS

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