Salvador, 11 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Iphan abre unidade de serviço em Mucugê, na Chapada Diamantina (BA)

A partir desta quinta-feira (25/07), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia anuncia a abertura de nova unidade de serviço na cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina. Vinculada ao Escritório Técnico do Iphan em Rio de Contas, a unidade tem como objetivo principal oferecer um serviço mais próximo da comunidade local, promovendo o Iphan como um órgão de orientação e colaboração, além de sua função tradicional de vigilância e fiscalização de bens tombados.

Segundo o superintendente do Iphan na Bahia, Hermano Queiroz, a nova unidade, que funcionará em escala semanal, com um servidor de plantão das 9h às 18h, será fundamental para desenvolver políticas de valorização do Patrimônio Cultural da região, abrangendo tanto sua dimensão material como aspectos de arqueologia, paisagens, patrimônio imaterial e bens móveis.

“Mucugê é uma das cidades históricas que mais vêm se desenvolvendo na Bahia, o que implica na abertura de muitos processos que demandam autorização prévia do Iphan, seja para intervenções de restauração e reforma de imóveis, seja para novas construções em áreas de entorno e no conjunto protegido. Com a nova unidade, nossa atuação na cidade será mais qualificada e estaremos ainda mais presentes para garantir que esse desenvolvimento aconteça em par com a preservação desse rico patrimônio, incentivando a participação ativa dos moradores na construção e manutenção de sua história e identidade”, diz Queiroz.

Conjunto urbano tombado 

Conhecida por seu rico patrimônio arquitetônico e paisagístico, Mucugê teve seu conjunto tombado pelo Iphan na década de 1980. A cidade, uma das mais antigas da Chapada Diamantina, destacou-se historicamente como um dos principais centros de exploração de ouro e diamantes, junto com Lençóis, Andaraí e Palmeiras. Essas quatro cidades compõem o que é conhecido como Lavras Diamantinas.

O patrimônio de Mucugê inclui casas térreas e sobrados característicos da segunda metade do século XIX, além de duas igrejas. Entre os marcos tombados, destaca-se o cemitério da cidade, um exemplo notável da arquitetura e paisagem locais. Situada em um vale amplo e plano, mas cercada por encostas íngremes, a cidade se desenvolveu em torno de uma matriz em “L”, com as igrejas nas extremidades. Uma das pernas do “L” é a Rua Direita do Comércio, que corre paralela ao riacho Mucugê e provavelmente foi o núcleo inicial da povoação. Na convergência dos eixos, existe uma pequena praça, refletindo uma tipologia simples e mononuclear.

A unidade funcionará em parte de imóvel cedido pela Prefeitura de Mucugê, na Praça Coronel Propércio, n. 88, 2º andar, no Centro Histórico de Mucugê.

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