Salvador, 10 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

“Lambeijos” dos pets podem ser perigosos à saúde humana?

Quem tem pet em casa com certeza já presenciou demonstrações de afeto por meio de muito carinho e contato. Seja no início ou ao final do dia, a recepção dos cachorrinhos é sempre efusiva e cheia de saudade. Um gesto bastante comum nesse contexto são os “lambeijos” — popularmente conhecidos por serem uma mistura de lambida com um beijo carinhoso. No entanto, por mais que essa seja uma notícia difícil de aceitar, essa prática precisa ser evitada para garantir a sua saúde.

A médica veterinária e professora da Wyden, Fernanda Karollyne, alerta que as lambidas na região da boca ou sobre ferimentos na pele oferecem grandes portas de entrada para bactérias e parasitas no organismo humano. “Na boca dos animais, há agentes nocivos que podem ser prejudiciais à saúde humana. Alguns, ao entrarem em contato com a saliva ou ultrapassarem a barreira da pele, podem causar doenças sem cura, como a raiva. Além disso, há diversas patologias e verminoses transmitidas por meio da saliva de cães e gatos. Entre elas, podemos citar leptospirose, giardíase, pasteurella, vermes redondos (nematódeos) e chatos (tênias), entre outras”, explica a especialista.

Sabemos que, muitas vezes, o lambeijo pode acontecer de forma repentina e inevitável. Nesses casos, a médica veterinária recomenda a lavagem imediata da área com água e sabão. Se o contato ocorrer com animais de rua, que têm maior risco de serem hospedeiros de verminoses e bactérias, o cuidado deve ser redobrado.

SEM DEIXAR DE LADO O CARINHO

Fernanda recomenda oferecer carinho de maneira mais segura, evitando lambidas em locais sensíveis ou com ferimentos na pele, além de evitar o contato direto na região dos olhos e, principalmente, da boca. Outra dica importante é manter a vermifugação do animal em dia, realizando o procedimento a cada seis meses, além de garantir a higiene do animal dentro de casa e evitar o contato com outros pets de rua.

Para não comprometer o vínculo afetivo com seu pet e evitar que ele se sinta carente, adapte as demonstrações de afeto para formas mais seguras de contato, como carícias no pelo, cafunés, elogios e brincadeiras verbais com um tom de voz carinhoso. “Oferecer brinquedos interativos ou petiscos dentro dos limites também pode ajudar a reforçar a conexão sem a necessidade de lambidas”, explica a profissional.

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