Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Quaest: Lula tem 46% de aprovação e 51% de desaprovação após dois anos e oito meses de governo

A quinta rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira (20), mostra que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é aprovado por 46% e desaprovado por 51% dos brasileiros após dois anos e oito meses de mandato. Apesar de a maioria ainda reprovar a gestão, os dados confirmam tendência de recuperação iniciada em julho, depois de sucessivas quedas entre dezembro e maio, quando a desaprovação atingiu 57% e a aprovação caiu a 40%.

Foram realizadas 12.150 entrevistas presenciais entre os dias 13 e 17 de agosto em todas as regiões do país, abrangendo também os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Bahia e Pernambuco. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A melhora na avaliação positiva ocorreu principalmente entre os segmentos tradicionalmente alinhados a Lula e entre eleitores sem posicionamento político declarado. No Nordeste, a aprovação passou de 53% para 60%, enquanto a desaprovação caiu a 37%. Na Bahia, o índice positivo subiu de 47% para 60%; em Pernambuco, de 49% para 62%.

Entre os mais pobres, que recebem até dois salários mínimos, o governo passou de empate técnico (50% x 49%) para 55% de aprovação e 40% de desaprovação. Entre quem tem até o ensino fundamental, a aprovação avançou de 51% para 56%. O governo também recuperou apoio entre católicos e beneficiários do Bolsa Família.

Na comparação com Jair Bolsonaro, Lula voltou a ficar à frente: 43% consideram seu governo melhor, contra 38% que avaliam que o de Bolsonaro foi superior.

A percepção sobre os preços de alimentos foi o fator mais associado à melhora da avaliação. O percentual de brasileiros que disseram sentir aumento caiu de 76% em julho para 60% em agosto. Outros 18% afirmaram que os preços recuaram, contra 8% no levantamento anterior. Essa mudança também reduziu a parcela dos que dizem ter menor poder de compra (de 80% para 70%).

A pesquisa também mediu a reação da população às tarifas impostas pelos Estados Unidos ao Brasil. Para 71%, Trump está errado em aplicar as taxas, e 77% temem impacto direto na vida cotidiana.

No embate político, 48% acreditam que Lula e o PT estão agindo corretamente, contra 28% que veem razão em Bolsonaro e seus aliados. Sobre a atuação de Eduardo Bolsonaro, 69% consideram que ele defende seus próprios interesses e os da família, e não os do país.

Quanto às consequências econômicas, 67% defendem negociação com os EUA, enquanto 28% apoiam retaliação imediata. A confiança em um acordo é dividida: 48% acreditam que Lula conseguirá avançar nas negociações, e 45% são céticos.

Bahia Notícias

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