Especialista alerta que autoconhecimento corporal deve caminhar junto com mamografia e consultas médicas para garantir a detecção precoce da doença
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama segue como a principal neoplasia entre mulheres no Brasil, sendo estimado mais de 70 mil novos casos por ano até 2025. Apesar da alta incidência, o diagnóstico precoce continua sendo o principal aliado para aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade, trazendo para o centro da pauta, o papel do autoexame das mamas.
A prática, que pode ser realizada mensalmente pela própria mulher, favorece o autoconhecimento corporal e pode indicar alterações como nódulos ou mudanças na pele. No entanto, especialistas reforçam que o autoexame não substitui exames de imagem, como a mamografia e o ultrassom, já que apenas o toque das mamas não é suficiente para detectar tumores em estágios iniciais.
“O autoexame é uma ferramenta de grande valor para que a mulher se aproxime do seu corpo, mas ele sozinho não garante o diagnóstico precoce. Muitos tumores só são identificados em exames de imagem. Por isso, a prevenção deve unir o autoconhecimento com consultas médicas e exames de rastreamento”, explica a mastologista e cirurgiã oncoplástica Dra. Nayahara Batalha
De acordo com a especialista, a mamografia continua sendo o principal exame de rastreamento e deve ser realizada anualmente, a partir dos 40 anos, conforme recomendação de diversas sociedades médicas. “O que buscamos reforçar é que a prevenção não é uma ação isolada. O autoexame tem seu papel, mas precisa caminhar junto com exames de imagem e acompanhamento médico. Quando detectado no início, o câncer de mama tem altas taxas de cura e tratamentos menos invasivos”, completa Dra. Nayahara.