Um ataque em sequência de Israel em um hospital no sul da Faixa de Gaza nesta segunda-feira (25) deixou 20 mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
Quatro deles eram jornalistas da imprensa internacional. Um deles, identificado como Hussam al-Marsi, trabalhava para a agência de notícias Reuters, de acordo com a pasta. Outro era colaborador da agência de notícias Associated Press.
A agência confirmou a informação e disse que outro funcionário, o fotógrafo Hatem Khaled, ficou ferido no ataque. Khaled fazia uma transmissão ao vivo de cima do hospital no momento da primeira explosão.
O hospital foi atingido com dois mísseis. Testemunhas disseram à Reuters que houve um intervalo entre os dois ataques: a segunda ofensiva, de acordo com os relatos, ocorreu depois de que equipes de resgate e jornalistas estavam no local.
O Exército israelense confirmou o ataque e disse não ter tido jornalistas como alvo, porém não deu mais detalhes. Procurado pela Reuters, o gabinete do premiê Benjamin Netanyahu não quis comentar o ataque ao hospital.
Israel não permite a entrada em Gaza de repórteres de agências de notícias ou grandes veículos internacionais para cobrir o conflito, o que contraria diretrizes da ONU que asseguram o direito da presença de jornalistas dentro de zonas de guerra. Para contornar a questão, esses meios de comunicação contratam jornalistas palestinos para reportarem a situação de dentro do enclave.
Em comunicado, a Reuters lamentou as mortes dos jornalistas.
“Estamos devastados com a notícia da morte do contratado da Reuters Hussam al-Masri e dos ferimentos de outro de nossos contratados, Hatem Khaled, em ataques israelenses ao hospital Nasser, em Gaza, hoje. Estamos buscando urgentemente mais informações e pedimos às autoridades em Gaza e em Israel que nos ajudem a conseguir assistência médica imediata para Hatem”, disse um porta-voz da agência.
A TV catari “Al Jazeera” disse à agência de notícias AFP que um dos seus jornalistas também foi morto no ataque. No início de agosto, outros cinco profissionais da emissora morreram em um ataque de Israel. O país acusou os jornalistas de integrarem o Hamas, o que a “Al Jazeera” nega.
O ataque ocorre em meio a uma intensificação da ofensiva israelense em Gaza, com o início de uma ampla operação terrestre para tomar a Cidade de Gaza e, posteriormente, a totalidade do território palestino. Tanques israelenses foram vistos se posicionando na fronteira com Gaza nesta segunda-feira, e aviões e
Segundo o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, mais de 240 jornalistas palestinos foram mortos por tiros israelenses em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
G1