Salvador, 11 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Acupuntura médica combate cefaleia crônica e reduz crises de dor de cabeça

Quem vive com dor de cabeça frequente sabe o quanto ela interfere na rotina. A acupuntura médica surge como uma alternativa eficaz, capaz de reduzir a frequência das crises, diminuir o uso excessivo de medicamentos e tratar as causas da dor, não apenas os sintomas. Com respaldo crescente da literatura, a técnica tem conquistado cada vez mais espaço na prática médica.

A acupuntura, quando conduzida por um médico qualificado, produz mais do que alívio pontual: ela estimula terminações nervosas e modula a circulação sanguínea, promovendo liberação de endorfinas e reduzindo a inflamação no sistema nervoso central. “A acupuntura age tentando equilibrar o padrão de desarmonia no qual o organismo se encontra. Para alcançar este objetivo, investigamos o histórico clínico, fatores desencadeantes, como alimentação e hábitos de vida, além de padrões individuais. Não tratamos apenas a dor, tratamos a pessoa”, explica o médico acupunturista George Ferreira.

Ainda segundo o especialista, a depender do caso, os efeitos podem ser percebidos nas primeiras sessões, especialmente na frequência e intensidade das dores. Estudos recentes mostram que a eletroacupuntura alcançou 85,9% de efetividade na redução dos dias com cefaleia crônica, sendo o método mais eficaz entre diferentes formas de acupuntura avaliadas em análise comparativa avançada.

A cefaleia é um dos problemas neurológicos mais prevalentes do planeta: estima-se que 1,89 bilhão de pessoas convivam com cefaleia tensional, e cerca de 848 milhões com enxaqueca. A enxaqueca afeta cerca de 11,7% da população, e as cefaleias tensionais compõem quase 90% dos casos relatados globalmente.

A cefaleia é uma das queixas mais comuns em emergências médicas. Em estudos internacionais, até 4,5% dos atendimentos em pronto-socorro são motivados por dor de cabeça não traumática. Entre pacientes com enxaqueca crônica, quase todos (95%) buscaram atendimento de emergência ao longo de um ano.

Para o doutor George Ferreira, “quando a acupuntura é feita por um médico, com conhecimento anatômico e da fisiologia, o risco de complicações é quase inexistente”. Ele reforça que o profissional pode identificar condições secundárias — como cefaleia por uso excessivo de medicação (MOH) ou desencadeadores hormonais — e atuar no manejo global do paciente.

As sessões duram entre 30 e 60 minutos, sem necessidade de repouso prolongado e com benefícios tanto no controle agudo quanto preventivo da dor. “Após algumas sessões o paciente já sente diferença na qualidade de vida. A meta não é só cessar crises, mas reduzir dependência de analgésicos e prevenir cronificação”, destaca o especialista.

Com base em evidências e nas experiências clínicas, a acupuntura médica se apresenta como uma opção segura, eficaz e integrada para pacientes com cefaleia persistente. Ela atua no equilíbrio neurológico, reduzindo crises, diminuindo a dependência de medicamentos e oferecend

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