Estudantes que atuam nas fanfarras escolares dos colégios estaduais voltam às ruas para o Desfile Cívico ao 2 de Julho, em Salvador. Este ano, o cortejo, que parte do Largo da Lapinha e segue pela Avenida Sete de Setembro até o Campo Grande, contará com 26 unidades escolares representando a rede estadual da capital baiana e Região Metropolitana e outras 128 do interior da Bahia.

As festividades cívicas pela celebração da Independência da Bahia começaram em 25 de junho, data que simboliza a transferência da sede do executivo estadual para a cidade histórica de Cachoeira, onde os alunos das fanfarras da rede estadual também desfilaram.

Em Salvador, o Desfile Cívico ao 2 de Julho contará com 13 escolas pela manhã e 13 pela tarde. A concentração das fanfarras, no matutino, será na Rua dos Perdões, no Santo Antônio Além do Carmo, no entroncamento com a Rua São José de Cima (Barbalho), ao lado do Instituto Federal da Bahia (IFBA). No período vespertino, a concentração será na Ladeira Revolta dos Malês, antiga Ladeira da Praça, sentido Praça da Sé.

“As fanfarras escolares são um equipamento pedagógico importante, que possibilita a transversalidade com as diversas áreas do conhecimento. Pensar nelas é reconhecer como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos, viabilizando o constante diálogo com as diversidades”, destaca a coordenadora de Arte e Cultura Estudantil da Secretaria da Educação do Estado (SEC), Djenane Santos.

A seleção das escolas que participarão do desfile é de responsabilidade dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE), que se baseiam no mapeamento dos grupos musicais e suas condições técnicas, a partir do Projeto Fanfarras Escolares, projeto do Governo do Estado promovido com o objetivo de estimular a participação dos estudantes em ações e eventos cívicos, para celebrar os acontecimentos históricos e culturais baianos.

O Projeto Fanfarras Escolares, realizado pelo Governo do Estado através da Coordenação de Arte e Cultura Estudantil da SEC, é uma experiência artística e cultural voltada à música instrumental, às bandas musicais e às criações coreográficas. Por meio desta iniciativa, os estudantes da rede estadual encontram um lugar de exercício dos saberes e das revelações do seu potencial nos processos educativos e na formação cultural, conforme ressalta a coordenadora Djenane Santos. O investimento para a manutenção de instrumentos, fardamentos e adereços é de R$ 2,1 milhões para todas as unidades escolares que desenvolvem o projeto.

O Fanfarras Escolares proporciona, sobretudo, noções elementares sobre o reino da música instrumental e da dança para que eles possam expressar a sua inventividade, dentro do propósito da Lei nº 11.769/2008, que institui o ensino de atividades musicais no currículo da Educação Básica para a promoção dos saberes, da cultura de paz nas escolas e da vida cultural baiana.

“Um dos grandes objetivos do Fanfarra Escolar é propiciar o desenvolvimento integral do aluno em seus aspectos físico, psicológico, cognitivo, emocional, estético e social. Formar estudantes com a música, através da banda de fanfarra como ferramenta de ensino e aprendizagem, corrobora com a cultura da paz e inclusão social, despertando para a importância do trabalho coletivo, sem perder de vista o cuidar de si e do outro”, enfatiza Djenane.