Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Esclerose Múltipla e os avanços em imunobiológicos

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo uma das mais comuns do sistema nervoso central. De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, atualmente, 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo têm EM. No Brasil, estima-se que cerca de 40 mil pessoas vivem com a doença.

Caracterizada por sintomas oscilantes e recorrentes, a EM pode causar alterações neurológicas significativas, como problemas de visão, mobilidade, equilíbrio e controle da urina. No entanto, Dr. Agenor Afonso, neurologista da Novaclin, explica que avanços recentes no diagnóstico e tratamento, especialmente na terapia assistida com imunobiológicos, estão proporcionando esperança e melhor qualidade de vida aos pacientes. “A esclerose múltipla é caracterizada por uma resposta imunológica anormal que ataca a mielina, a camada protetora dos nervos. Os imunobiológicos atuam especificamente sobre componentes do sistema imunológico, interrompendo esse ataque e, consequentemente, reduzindo as crises e a progressão da doença”, explica Dr. Afonso.

Os imunobiológicos, também conhecidos como terapias biológicas, são medicamentos desenvolvidos a partir de organismos vivos. Eles têm a capacidade de modular o sistema imunológico, reduzindo a inflamação e prevenindo danos ao sistema nervoso. Estudos clínicos e experiências práticas têm demonstrado que eles oferecem inúmeros benefícios para os pacientes. Por isso, Dr. Agenor destaca que “essas terapias não apenas diminuem a frequência e a gravidade das crises, mas também têm o potencial de retardar a progressão da incapacidade a longo prazo.” Para muitos pacientes, isso proporciona uma melhoria significativa na qualidade de vida, permitindo que mantenham suas atividades diárias e profissionais com menos interrupções.

Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar dos avanços, Dr. Agenor ressalta que ainda há desafios a serem superados. “O acesso aos imunobiológicos nem sempre é fácil, especialmente em regiões mais remotas e em países em desenvolvimento. Além disso, é essencial monitorar os pacientes regularmente para gerenciar possíveis efeitos colaterais e ajustar o tratamento conforme necessário.”

O futuro é promissor. A pesquisa continua a evoluir, com novos medicamentos sendo desenvolvidos e testados. “Estamos otimistas com os avanços contínuos na área. Cada nova descoberta nos aproxima de tratamentos mais eficazes e personalizados. Que essa data sirva de inspiração para continuarmos investindo em pesquisa, acessibilidade e apoio aos pacientes, rumo a um futuro onde a esclerose múltipla possa ser cada vez mais controlada e, quem sabe, um dia curada.”, conclui Dr. Agenor. A terapia assistida com imunobiológicos representa uma revolução no tratamento, oferecendo esperança e melhor qualidade de vida para milhares de pessoas ao redor do mundo.

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