Salvador, 10 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Especialista alerta para perigos da automedicação com antialérgicos no inverno

Com a chegada do inverno, os casos de doenças respiratórias como rinite e sinusite aumentam significativamente. Esses problemas são frequentemente agravados por crises alérgicas, levando muitos a recorrerem à automedicação com antialérgicos. No entanto, o uso contínuo desses medicamentos sem orientação médica pode trazer diversos riscos à saúde.

Segundo Mauro José Couto Bitencourt, professor do curso de Farmácia da Rede UniFTC, os antialérgicos, apesar de serem vendidos sem receita, não são isentos de riscos. “Esses medicamentos podem interagir com outros fármacos e interferir em outras patologias. Além disso, um antialérgico nem sempre é eficaz para tratar qualquer tipo de alergia, por isso é recomendado evitar a automedicação e procurar um médico para uma avaliação individual e uma prescrição adequada”, alerta o especialista.

Embora o desenvolvimento de resistência aos antialérgicos não seja comum, um dos maiores perigos da automedicação é a possibilidade de mascarar sintomas de doenças mais graves. “Ao realizar a automedicação, o paciente corre o risco de não tratar adequadamente os sintomas e agravar a doença de base ou até mesmo desenvolver novas patologias”, explica Bitencourt.

Outro ponto de atenção é que o uso incorreto de antialérgicos pode afetar a eficácia de outros tratamentos médicos. “De modo geral, os antialérgicos são fármacos seguros quando usados corretamente e sob a supervisão de médico e farmacêutico. No entanto, há casos específicos que requerem atenção especial, como mulheres grávidas e pessoas com glaucoma, hipertensão, doenças renais e hepáticas”, relata.

Para controlar os sintomas alérgicos sem a necessidade de medicação contínua, Bitencourt sugere algumas alternativas naturais e mudanças no estilo de vida, especialmente durante o inverno. “É importante evitar o contato com alérgenos. Manter a casa limpa, arejada e bem ventilada, evitar variações bruscas de temperatura e contato com substâncias que provocam hipersensibilidade são medidas eficazes”, recomenda.

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