O aumento de casos de febre amarela nas últimas semanas tem preocupado as autoridades brasileiras. No último dia 2 de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre a quantidade de novos casos da doença durante o período sazonal, que vai de dezembro a maio.
Apesar de não haver registros recentes da doença na Bahia, o estado é considerado como área endêmica desde 2017, por isso é importante que os baianos estejam atentos para a importância da imunização. A enfermeira do IHEF Vacinas, Fabiana Porto (COREN/BA: 80794), explica que a vacinação é a única forma de prevenção para a doença. A proteção deve ser feita em crianças a partir de 9 meses e com reforço aos 4 anos. Adultos também podem se imunizar e idosos acima dos 60 anos não necessitam de prescrição médica para vacinação.
Fabiana Porto lembra também que o esquema vacinal pode variar da rede pública para a rede privada. “No SUS, adultos tomam apenas uma dose e crianças duas doses. Na rede privada, mantemos uma dose e um reforço 10 anos após a primeira”, esclarece a enfermeira.
Viajantes em alertas
Quem planeja viajar para áreas com casos recentes de febre amarela é importante manter a carteira vacinal em dia. As pessoas que não tomaram a vacina devem realizar a imunização com pelo menos dez dias antes da viagem. Além disso, populações ribeirinhas, residentes em localidades com evidência de circulação viral e trabalhadores rurais e em regiões de matas também devem estar alerta a atualização vacinal.
Para além da vacinação, algumas medidas extras podem ajudar na proteção individual, como: uso de calças e camisas de manga comprida, sapatos fechados e o uso de repelente nas áreas do corpo que estiverem expostas.
Os sintomas da doença incluem febre, dor de cabeça e no corpo, náuseas e vômitos. Ao apresentar os sintomas, é essencial buscar um atendimento médico para receber o tratamento, além de informar sobre uma possível exposição em áreas de risco, caso houver.
“A febre amarela não é uma doença que deve ser esquecida, principalmente porque ela pode levar ao óbito e temos como preveni-la. A vacina é a solução. Então, manter o calendário vacinal atualizado ainda é a melhor forma de proteção”, finaliza.