Salvador, 11 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Maio Roxo reforça importância do diagnóstico precoce das doenças inflamatórias intestinais

As Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs) — como a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn — são crônicas, afetam o trato gastrointestinal e podem comprometer de forma significativa a rotina e o bem-estar dos pacientes. Durante o Maio Roxo, especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce, do tratamento contínuo e da informação como forma de combater o avanço e as complicações dessas enfermidades.

“As DIIs são doenças que podem comprometer fortemente a qualidade de vida, com sintomas físicos e impacto emocional importante. O diagnóstico precoce faz toda a diferença no controle da doença e retomada da qualidade de vida destes pacientes”, afirma a médica Marina Pamponet, coordenadora do Serviço de Gastrohepatologia do Hospital Mater Dei de Salvador (HMDS) e professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Dor abdominal persistente, diarreia recorrente, sangramentos, cansaço extremo e perda de peso inexplicado são sintomas comuns dessas doenças, que têm se tornado cada vez mais comuns.

“De acordo com estudo publicado muito recentemente na revista científica Nature (2025), num intervalo de apenas 30 anos, a incidência da Doença de Crohn no Brasil aumentou mais de sete vezes e a retocolite ulcerativa aumentou 10 vezes mais. Atualmente, estima-se que um em cada mil brasileiros vive com a doença”, completa Drª Marina Pamponet, que é doutora em Gastroenterologia pela Universidade de São Paulo (USP).

Portanto, é fundamental que a população esteja atenta aos sinais e busque avaliação especializada precocemente, antes que o quadro se agrave. O tratamento das DIIs inclui uma ampla variedade de medicamentos, incluindo imunossupressores e terapias biológicas e, em casos selecionados, a cirurgia. Segundo Marina Pamponet, “com acompanhamento especializado e tratamento adequado para cada paciente, é possível controlar os sintomas e manter uma vida ativa e produtiva”, destaca a especialista.

Além do tratamento clínico, fatores como alimentação equilibrada, apoio psicológico e cessação do tabagismo podem contribuir positivamente para o controle da doença. “A retocolite e o Crohn são enfermidades que exigem acompanhamento contínuo. Por isso, é tão importante desmistificá-las e estimular o acesso à informação”, destaca a médica.

O Maio Roxo também busca combater o preconceito e o isolamento que muitos pacientes enfrentam, além de estimular o diagnóstico em estágios mais leves. Para mais informações, a Organização Brasileira de Doença de Crohn e Colite (www.diibrasil.org.br) disponibiliza conteúdos educativos sobre os sinais, sintomas e opções de tratamento para as DIIs.

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