Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Por que o monte Rinjani, onde brasileira morreu em área de vulcão, é tão perigoso?

A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no monte Rinjani, na Indonésia, volta a expor os riscos de um destino que pode ser desafiador para montanhistas no Sudeste Asiático.

Juliana caiu em um desfiladeiro na sexta-feira (20/6), enquanto fazia o percurso rumo ao cume do vulcão, e desde então equipes de resgate tentavam localizá-la em meio a terreno acidentado, falésias e condições climáticas instáveis.

A brasileira, no entanto, foi encontrada morta no quarto dia de buscas. A informação foi compartilhada pela família no fim da manhã desta terça-feira (24/6).

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.”

Além do terreno desafiador, o clima imprevisível — com neblina, chuvas e ventos fortes — costuma surpreender até montanhistas experientes.

Nos últimos cinco anos, pelo menos outras cinco mortes foram registradas na região, incluindo a de escaladores portugueses, malaios e indonésios.

Em dezembro de 2021, um montanhista de 26 anos, natural de Surabaya, morreu após cair em um desfiladeiro de 100 metros de profundidade enquanto subia o monte Rinjani pela rota de Senaru, em North Lombok.

Em agosto de 2022, um alpinista português, de 37 anos, morreu ao despencar de um penhasco no cume do monte Rinjani. Ele caiu enquanto tirava uma selfie na beira do abismo. O acidente ocorreu no dia 19 de agosto e o corpo foi retirado do local no dia 22.

Em junho de 2024, uma turista suíça morreu após cair na trilha do Bukit Anak Dara, no distrito de Sembalun, East Lombok. A estrangeira havia se arriscado por uma rota ilegal.

Em setembro de 2024, um escalador de Jacarta desapareceu após supostamente cair em um desfiladeiro na área do monte Rinjani, em 28 de setembro. O corpo foi localizado por um drone com câmera térmica, a centenas de metros de profundidade, e resgatado uma semana depois.

Em outubro de 2024, um alpinista irlandês caiu em um desfiladeiro de 200 metros enquanto subia rumo ao cume do monte Rinjani, em 9 de outubro. Ele foi resgatado pela equipe de busca e salvamento (SAR) e sofreu apenas ferimentos leves.

Em maio de 2025, um montanhista da Malásia, Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, morreu ao cair durante a descida do monte Rinjani pela rota de Torean. Ele despencou em um desfiladeiro com cerca de 80 a 100 metros de profundidade, na trilha de Banyu Urip, quando o grupo retornava do cume.

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