Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump discutiram nesta segunda-feira (6) o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, durante uma videoconferência que marcou mais um passo na reaproximação entre os dois governos.
Segundo apuração da BBC News Brasil, Trump reconheceu que os EUA estão “sentindo falta” de itens brasileiros afetados pelo tarifaço de 50%, citando especificamente o café. O produto, tradicional na mesa dos americanos, enfrenta forte alta de preços desde o início da taxação sobre a produção brasileira — o maior fornecedor do mercado norte-americano.
De acordo com o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos EUA, o preço do café ao consumidor subiu 3,6% em agosto, primeiro mês de vigência da tarifa, registrando a maior alta mensal em 14 anos. A taxa supera em nove vezes a inflação média do período (0,4%). Na comparação anual, o aumento acumulado chega a 20,9%, o maior desde 1997.
Reportagens da Fox Business e da CNN apontam que a escalada de preços é resultado da combinação entre condições climáticas adversas em países produtores e as tarifas impostas pelo governo Trump. A Fox Business destacou que o imposto de 50% sobre o café brasileiro agrava as interrupções no fornecimento, enquanto a CNN indicou que a tendência é de que os preços continuem subindo nos próximos meses.
Além do Brasil, outro importante fornecedor, a Colômbia, também foi atingido pelas medidas, embora em menor intensidade — com uma tarifa de 10%.
Lula e Trump discutiram ainda a possibilidade de um encontro presencial em breve, após o breve contato que tiveram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em setembro, em Nova York. O tema comercial, especialmente o impacto das tarifas sobre produtos brasileiros, deve ser central nas próximas conversas entre os dois líderes.
Pesou no bolso
Segundo apuração da BBC News Brasil, Trump reconheceu que a tarifa de 50% aplicada pelo seu governo sobre diversas exportações brasileiras — incluindo o café — vem pesando no bolso dos consumidores norte-americanos. O Brasil é o principal fornecedor do produto para os Estados Unidos, e a medida tem contribuído para a escalada dos preços.
Dados do Escritório de Estatísticas do Trabalho dos EUA mostram que o café registrou alta de 3,6% em agosto, o primeiro mês de vigência da tarifa, atingindo o maior aumento mensal em 14 anos. O índice é nove vezes superior à inflação média do período, de 0,4%. Na comparação anual, o preço acumula elevação de 20,9%, a maior desde 1997.
Matérias publicadas por veículos como Fox Business e CNN associam o encarecimento do café à combinação de problemas climáticos que afetaram grandes produtores, como o Brasil, e às tarifas impostas pelo governo americano. A Fox Business destacou que o imposto de 50% sobre o café brasileiro agrava a escassez global de grãos, enquanto a CNN apontou que o impacto da medida ainda deve se intensificar nos próximos meses.
A Colômbia, outro importante exportador de café para o mercado norte-americano, também foi atingida por tarifas, embora em menor grau — de 10%.
Durante a videoconferência, Lula e Trump também discutiram a possibilidade de um encontro presencial em breve. Os dois haviam se encontrado brevemente em setembro, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Questões comerciais devem dominar a pauta da futura reunião.