A endometriose afeta cerca de 8 milhões de mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), 57% das pacientes com a doença sofrem com dores crônicas; e em 30% dos casos há infertilidade. Para conscientizar sobre essa condição, foi criado o Março Amarelo, mês dedicado à divulgação de informações sobre a doença.
“Enquanto algumas mulheres convivem com a endometriose por anos sem apresentar sintomas, outras sofrem com dores intensas, frequentemente confundidas com cólicas menstruais comuns. Em muitos casos, o diagnóstico só acontece quando a dificuldade para engravidar se torna um sinal de alerta”, explica a ginecologista da Academia Multidisciplinar de Endometriose do Itaigara Memorial, Emilly Serapião.
Além do tratamento, que pode envolver medicamentos ou cirurgia, os sintomas podem ser controlados com a adoção de um estilo de vida saudável. A prática regular de atividade física, uma alimentação equilibrada, o controle do peso e o gerenciamento do estresse são fundamentais para reduzir inflamações e fortalecer o sistema imunológico. Contudo, vale ressaltar que cada paciente tem suas necessidades e, portanto, o tratamento não é igual para todas. “A abordagem deve ser sempre individualizada, considerando as queixas, desejos e a gravidade da doença de cada paciente. No caso da endometriose, a cirurgia costuma ser indicada principalmente quando o tratamento clínico não apresenta resultados satisfatórios”, esclarece Serapião.
A importância do tratamento multidisciplinar
Para melhorar a qualidade de vida das pacientes com diagnóstico confirmado de endometriose, é indicado o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar especializada nessa condição. Liderada pela ginecologista Emilly Serapião e pelo cirurgião do trato gastrointestinal Leonardo Landim, ambos com experiência de mais de 20 anos no tratamento da doença, a equipe da Academia Multidisciplinar de Endometriose é composta ainda pela médica da dor Anita Rocha, pela radiologista Sherty Venegas (especializada em ultrassom de Endometriose), pela gastroenterologista Marília Muricy, pelo radiologista