Tanques israelenses avançaram pela primeira vez nesta segunda-feira (21) sobre a cidade de Deir al-Balah, na parte central da Faixa de Gaza, uma região onde Israel acredita que alguns dos reféns restantes do grupo terrorista Hamas possam estar sendo mantidos.
Três palestinos foram mortos e vários ficaram feridos em bombardeios de tanques que atingiram oito casas e três mesquitas na região, segundo médicos em Gaza. Os ataques ocorrem um dia após o Exército israelense ter emitido ordens de evacuação em algumas regiões da cidade, afirmando que pretendia combater militantes do Hamas.
Deir al-Balah é uma das poucas áreas de Gaza onde Israel ainda não havia conduzido uma operação terrestre em larga escala nos 21 meses de guerra contra o Hamas. Por conta disso, dezenas de milhares de palestinos deslocados pelo conflito se refugiam na cidade, junto com os moradores locais.
A operação terrestre começou em áreas sul e leste de Deir al-Balah, e os bombardeios forçaram a fuga de dezenas de famílias que se refugiavam na cidade em direção à área costeira da cidade e à vizinha Khan Younis.
Fontes israelenses afirmaram à agência de notícias Reuters que o motivo pelo qual o Exército havia evitado a área até o momento era a suspeita de que o Hamas estivesse mantendo reféns ali. Acredita-se que pelo menos 20 dos 50 reféns ainda mantidos em cativeiro em Gaza estejam vivos. O grupo terrorista já ameaçou executar reféns caso Israel chegasse perto de locais de cativeiro ou se tentasse resgatá-los em operações militares.
Familiares dos reféns expressaram preocupação com a segurança de seus entes queridos e exigiram explicações do Exército sobre como eles serão protegidos.
Em Khan Younis, ainda na manhã de segunda-feira, um ataque aéreo israelense matou pelo menos cinco pessoas, incluindo um homem, sua esposa e seus dois filhos, que estavam em uma tenda, segundo médicos.
Israel não se pronunciou de forma oficial sobre os ataques em Deir al-Balah e Khan Younis.
O Exército israelense declarou que não havia entrado nos distritos de Deir al-Balah nos quais emitiu ordens de evacuação e que continuava “a operar com grande força para destruir as capacidades do inimigo e a infraestrutura terrorista na região.”
G1