O Brasil está envelhecendo – e mais rápido e de maneira diferente. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país terá 35 milhões de pessoas com 60 anos ou mais apenas este ano, o que corresponde a 16% da população. Na Bahia, projeções indicam a presença de mais de 5 milhões de idosos em 2070. Essa quantidade tornará o estado o segundo maior em contingente de indivíduos na terceira idade.
Além dos números, a forma de lidar com o envelhecimento também reflete o novo perfil da sociedade. Médica geriatra, Bárbara Magalhães ressalta que o desejo de viver mais resulta das possibilidades de acesso à informação, aos cuidados com a saúde e à medicina preventiva.
“Envelhecer é inevitável, ficar velho é opcional. Muitos idosos estão mais ativos e conscientes sobre alimentação, atividade física, importância do acompanhamento médico e da prevenção. O aumento da expectativa de vida com qualidade está diretamente associado à adoção de hábitos saudáveis, mesmo quando iniciados na terceira idade”, afirma.
A especialista ainda reforça que as medidas para prolongar o tempo de existência envolvem desde alimentação equilibrada até rotina de sono, gerenciamento do estresse e boas conexões sociais. “Cada pequena escolha, cada passo em direção ao autocuidado constrói uma longevidade com independência, autonomia e cheia de vitalidade”, diz.
Estímulos para a longevidade
Cada organismo envelhece de uma forma e, por isso, a necessidade de manter as consultas médicas, realizar exames regularmente e priorizar um estilo de vida saudável. Segundo a geriatra, 80% das doenças crônicas comuns na velhice, como hipertensão, diabetes, Alzheimer, câncer, depressão, osteoporose e sarcopenia, podem ser evitadas.
As estratégias preventivas também costumam incluir a suplementação. Rosana Amorim, farmacêutica e gerente técnica da Singular Pharma, destaca que alguns ativos auxiliam em demandas atreladas à nutrição, hidratação, cognição e massa muscular. Conforme a profissional, as vitaminas C e D e minerais como magnésio e cálcio atuam na absorção de nutrientes e reforço da imunidade.
Já os aminoácidos e proteínas responsáveis pela estimulação da síntese proteica muscular, a exemplo de Peptistrong, ácido D-aspártico e L-glutamina, ajudam no tratamento contra a diminuição progressiva de massa muscular. Essa condição aumenta consideravelmente o risco de queda e de limitações funcionais na terceira idade.
“Outros compostos indicados são coenzima Q10, quercetina, resveratrol, creatina e ômega 3, antioxidantes essenciais para cognição, memória e saúde cardiovascular. No entanto, o uso deve ocorrer somente após avaliação e prescrição de um médico ou nutricionista”, explica a farmacêutica.
Qualidade do tempo vivido
Um envelhecimento ativo e com bem-estar abrange um conjunto de ações individuais. Para aqueles que estão começando a fazer parte da geração 60+, Bárbara Magalhães traz orientações que podem ser colocadas em prática no dia a dia:
Inicie ou intensifique os cuidados com seus músculos e ossos;
Olhe para o que você come: escolha sempre uma alimentação saudável;
Faça yoga, meditação, terapia e cultive conexões sociais;
Durma melhor, pois um sono de qualidade e reparador é um dos pilares da longevidade.
Somado a isso, como há naturalmente uma perda cognitiva com o avanço da idade, outra dica é combater o declínio através da suplementação. “Se o idoso segue uma dieta equilibrada, mantém a hidratação e faz atividade física assistida, o consumo de suplementos como resveratrol e coenzima Q10 – que ajudam no processo de formação de novas mitocôndrias nos neurônios – será mais um aliado para redução das chances de demência e de doenças cardiovasculares”, conclui Rosana Amorim.