Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Agosto Dourado: leite materno exerce um papel protetor contra a obesidade em bebês

O leite materno mantido por seis meses ou mais diminui também o risco de diabetes tipo 2 e de leucemia infantil, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde

Incentivar o aleitamento materno não é apenas uma questão de saúde individual para a mãe e o bebê, mas também de saúde pública. Essa prática ajuda a minimizar o tratamento de doenças na infância e em outras fases da vida. Estudos comprovam, por exemplo, que o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida traz muitos benefícios, entre eles a redução de 25% no risco de obesidade infantil – ajudando a combater indisposições causadas pelo sobrepeso.

De acordo com uma análise da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) publicada no Scientific Reports, crianças com predisposição genética à obesidade (gene FTO) e amamentadas por menos de um mês apresentaram 33% mais prevalência de obesidade, 2,5 kg/m² a mais no IMC e 5,6 cm a mais na circunferência da cintura.

A amamentação por mais tempo foi associada a maior massa magra e menor gordura visceral, sugerindo que ela modera significativamente o risco genético de obesidade. Crianças que nunca foram amamentadas apresentaram risco duas vezes maior de sobrepeso, comprovando que a ausência ou curta duração da amamentação, especialmente em populações com predisposição genética, aumenta o risco da doença.

Para a Dra. Cinthia Calsinski, consultora de amamentação da Saúde Digital do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+ na Bahia, o leite materno exerce um papel protetor contra a obesidade, enquanto a fórmula infantil pode aumentar o risco de desenvolvimento de excesso de peso. A especialista reforça que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses de idade, e mantido até os dois anos. “Isso porque, conforme sugerido por estudos internacionais, a amamentação influencia a programação metabólica, regula o apetite e promove uma microbiota intestinal saudável.”

Além disso, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o leite materno mantido por seis meses ou mais diminui o risco de diabetes tipo 2 em 35%, reduz 19% no risco de leucemia infantil e em 60% o risco de síndrome de morte súbita infantil em comparação com aqueles que não são amamentados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também

Jader
Mais de 12 mil favelas passam a ter CEP
Medida vai beneficiar 16,3 milhões de pessoasO governo federal antecipa em mais de um ano a implementação...
trabalho infantil
MEC publica cartilha sobre enfrentamento ao trabalho infantil
Publicação incentiva formação continuada de professores no tema A cartilha Enfrentamento ao Trabalho...
pesca
Início do defeso da piracema restringe pesca comercial no país
Medida vigora desde 1º de outubro e vai até 31 de janeiro de 2026 Está em vigor, desde 1º de outubro,...
Vini
Incêndio atinge casa do atacante Vinícius Jr. em Madri
A residência do atacante Vinícius Jr., localizada em La Moraleja, área nobre de Alcobendas, nos arredores...

Opinião

congresso
Plunct, plact, zum, não vai a lugar nenhum!