Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Menopausa: como as mudanças na alimentação podem ajudar a amenizar os sintomas

Nutróloga destaca importância da alimentação adequada para atravessar essa fase com mais qualidade de vida

A menopausa, que costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos, marca o fim do ciclo reprodutivo feminino e vem acompanhada da queda na produção hormonal. Mais do que uma mudança biológica, o período traz sintomas que impactam diretamente o dia a dia e a qualidade de vida da mulher, como ondas de calor, insônia, irritabilidade, ganho de peso e alterações no desejo sexual, além de risco aumentado para algumas doenças crônicas, como diabetes, problemas cardiovasculares e osteopenia ou osteoporose.

De acordo com a nutróloga Suzana Viana, a nutrologia tem papel essencial nesse processo de adaptação. “Nosso olhar vai além de amenizar sintomas. É preciso entender como o organismo está reagindo à queda hormonal, avaliando pontos como composição corporal, metabolismo, sono e até o aspecto emocional. Esse acompanhamento mais completo ajuda a promover equilíbrio e qualidade de vida”, explica.

As estratégias podem envolver ajustes na alimentação, suplementação personalizada, orientação sobre estilo de vida e, em alguns casos, terapias de modulação hormonal. “O foco é devolver energia, estabilidade e segurança para que cada mulher consiga viver essa fase de forma saudável e com autonomia”, acrescenta a especialista.

A queda dos hormônios femininos está relacionada a alterações como acúmulo de gordura abdominal, maior risco de doenças cardiovasculares, aumento da pressão arterial e perda de massa óssea. “É uma fase em que o corpo responde de maneira diferente e, por isso, é preciso redobrar os cuidados com escolhas alimentares e hábitos de vida”, observa Suzana.

Nesse contexto, o cardápio faz diferença. “Priorizar proteínas magras, fibras, cálcio, magnésio e vitaminas do complexo B pode trazer ganhos importantes, enquanto reduzir o consumo de ultraprocessados, açúcares e sal contribui para um metabolismo mais equilibrado. Pequenos ajustes no prato, aliados ao acompanhamento médico, podem resultar em melhora da disposição, sono mais regular e redução das ondas de calor”, ressalta.

A médica lembra que cada mulher vivencia a menopausa de forma única, o que exige acompanhamento personalizado. “Quando a mulher entende que a menopausa não é o fim, mas o início de um novo ciclo, ela passa a enxergar esse momento como uma oportunidade de autocuidado. Nosso papel é orientar e mostrar que é possível atravessar essa fase com saúde e bem-estar”, conclui.

Suzana Viana

Suzana Viana é médica formada pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (2013), com pós-graduação em Gastroenterologia pela Faculdade IPEMED (2019). Atua como nutróloga, auxiliando pacientes com problemas gastrointestinais, lipedema, disbiose, obesidade, menopausa e fertilidade.

Mais informações: drasuzzanaviana.com.br

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