Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Leucemia mieloide: entenda os riscos, os sintomas e as formas de tratamento

Diagnóstico de personagem na novela Vale Tudo reacende discussões sobre a doença

A leucemia mieloide é um tipo de câncer e atinge a medula óssea, parte do corpo responsável por produzir as células do sangue. Nesse caso, há uma multiplicação descontrolada de glóbulos brancos que não funcionam direito. E isso pode prejudicar o funcionamento do organismo como um todo. Esse assunto voltou a ter destaque recentemente por causa da novela Vale Tudo, da TV Globo. Nela, o personagem Afonso Roitman, interpretado pelo ator Humberto Carrão, foi diagnosticado com a doença.

“Ela pode surgir a partir de múltiplos fatores. Os principais são exposição à radiação ionizante, contato com agentes químicos, como o benzeno, predisposição genética e síndromes hereditárias. A literatura recente destaca que causas ambientais e genéticas desempenham um papel relevante, sendo a exposição ocupacional e as terapias prévias com quimioterapia ou radioterapia também reconhecidas como fatores de risco importantes. A incidência costuma ser maior em adultos e aumenta com o avançar da idade”, afirma Andreza Velez, hematologista e professora do curso de Medicina da UNINASSAU Boa Viagem.

O diagnóstico definitivo da leucemia mieloide requer a realização de exame da medula óssea. Os principais sintomas incluem fadiga, palidez, infecções frequentes, sangramentos fáceis, dores ósseas, perda de peso inexplicada, dificuldade respiratória, febre e sudorese noturna, especialmente quando esses sinais persistem ou se agravam. A escolha do tratamento varia de acordo com a idade do paciente e a disponibilidade de um doador compatível.

De acordo com a especialista, o transplante de medula óssea é indicado em casos mais graves ou de difícil resposta à quimioterapia. “Ele acontece, principalmente, em situações de leucemia mieloide aguda (LMA) de alto risco, recaída após remissão inicial ou quando há resposta inadequada à quimioterapia convencional. Na leucemia mieloide crônica (LMC), essa cirurgia pode ser considerada em pacientes que não respondem ou apresentam intolerância às terapias alvo, como os inibidores de tirosina quinase, ou em situações de progressão para fase acelerada ou blástica”, esclarece.

Os exames laboratoriais são fundamentais para distinguir a leucemia mieloide de outras doenças hematológicas. “A diferenciação laboratorial se baseia em achados do hemograma, como leucocitose (ou leucopenia), anemia e trombocitopenia, além da presença de blastos circulantes”, explica a médica.

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