Salvador, 11 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Chegada do verão exige cuidados redobrados com o mosquito responsável pela dengue, zika e chikungunya

Apesar da redução dos casos na Bahia, a população deve manter as medidas de prevenção, como evitar água parada

Com a chegada do verão, período tradicionalmente associado ao lazer e à diversão, cresce também a preocupação com a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. O infectologista e consultor do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, explica que as condições climáticas da estação mais quente do ano contribuem significativamente para o avanço do inseto.

“Quando a água se acumula, seja por causa das chuvas ou de recipientes e caixas d’água mal vedadas, e se junta ao calor intenso, cria-se o cenário perfeito para a proliferação do Aedes aegypti. Nesse período, é comum observarmos um aumento nos casos das doenças transmitidas pelo mosquito, porque o calor facilita a eclosão dos ovos e eleva o risco de infecções”, esclarece.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Bahia contabilizou, no período de 29/12/2024 a 07/12/2025, 31.978 casos prováveis de dengue — uma queda de 86,2% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 231.398 casos. O número de mortes também diminuiu: são 11 óbitos confirmados até agora. Os casos de zika e chikungunya também tiveram redução de 85,1 % e 75,83%, respectivamente. Apesar desse cenário de diminuição de ocorrências, os governos estadual e federal seguem ampliando ações e investimentos para evitar um novo aumento de casos.

Segundo o especialista, junto com as iniciativas públicas, a conscientização para a prevenção é o melhor caminho para evitar a proliferação do mosquito. Para isso, é necessário adotar medidas simples, como evitar água parada dentro das residências, como em vasos de plantas, garrafas, tampinhas e latas. É preciso também manter tanques e caixas d’água sempre bem vedadas, garantir o tratamento adequado das piscinas e promover a limpeza regular de quintais e terrenos baldios, removendo qualquer objeto que possa acumular água.

O infectologista também ressalta a relevância do uso de repelente e de um diagnóstico rápido e assertivo. Nesse sentido, o Sabin desenvolveu um exame capaz de identificar, em uma única coleta de sangue, seis vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. A partir da análise por biologia molecular, o teste permite detectar dengue, zika, chikungunya, oropouche, febre amarela e mayaro. Realizado por meio da técnica de PCR qualitativo em tempo real, o exame tem prazo de entrega de até quatro dias úteis. Ele está disponível nas unidades do Sabin em Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.

“Outra medida indispensável é manter a vacinação em dia contra a dengue, que tem imunizante disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na Bahia, a indicada é imunizar crianças e adolescentes de 10 anos a 14 anos, independentemente de infecção prévia por dengue”, afirma.

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