Salvador, 15 de novembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Brasil encerra Mundial de Atletismo com mais seis medalhas

O Brasil encerrou, na manhã deste sábado (25) no estádio Kobe Universiade Memorial Stadium, o Mundial de atletismo paralímpico com a conquista de mais seis medalhas, com destaque para o ouro alcançado pelo gaúcho Wallison Fortes na prova dos 200 metros T64 (para amputados de membros inferiores com prótese).

Além disso, a equipe brasileira subiu ao pódio com a prata de prata Thalita Simplício e os bronzes de Jerusa Geber, Lorraine Aguiar, Rayane Soares e Rodrigo Parreira.

Wallison Fortes, um dos estreantes na competição, venceu a prova dos 200 metros T64 de forma emocionante, sofrendo uma queda, o que levou o photo finish (imagem digital da chegada) a determinar a medalha de prata para o brasileiro por causa de um braço de vantagem sobre os adversários. Porém, logo após a prova, o italino Francesco Loragno, medalhista de ouro até então, foi desclassificado por ter invadido a raia adversária. Com isso Wallison foi considerado o primeiro colocado e alcançou um dos critérios do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para se credenciar a disputar os Jogos de Paris. Porém, os atletas devem aguardar a convocação do CPB.

“Estou muito feliz porque isso [essa vitória] garante a minha vaga nos Jogos Paralímpicos. Foi uma bela estreia em Mundiais. Não é mérito só meu. É de toda a equipe. Foi um momento muito difícil, ver a nossa casa muito afetada pela chuva, meus pais passando por aquela situação. Mas isso me encorajou”, declarou Wallison, que é nascido em Eldorado do Sul, um dos locais mais impactados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Já na prova dos 200 metros T11 (deficiência intelectual) feminino, a chinesa Cuiqing Liu cravou o novo recorde mundial, com o tempo de 24s36, e ficou com o ouro. Já a potiguar Thalita Simplício chegou na segunda colocação, com 24s95, e conquistou a prata. Já o bronze ficou com a acreana Jerusa Geber.

Outros bronzes do Brasil neste sábado foram alcançados pela capixaba Lorraine Aguiar, nos 200 metros T12 (deficiência visual), a maranhense Rayane Soares, nos 400 metros T13 (deficiência visual), e com o goiano Rodrigo Parreira, no salto em distância T36 (paralisados cerebrais).

Com estas medalhas a seleção brasileira terminou o Mundial de Kobe com a segunda posição do quadro geral de medalhas, com 42 no total (sendo 19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes). A líder foi a China, com 33 ouros, 30 pratas e 24 bronzes.

“A gente sai daqui [Kobe] com um sentimento de alegria, uma sensação de dever cumprido. Mas, por outro lado, com sentimento de um baita desafio e de muita expectativa para os Jogos Paralímpicos de Paris, que são o nosso principal objetivo do ciclo. O Campeonato Mundial demonstrou que nós estamos no caminho certo. Muita gente nova chegando por meio de nossos projetos de formação, como a Escola Paralímpica de Esportes, os Centros de Referência e o Camping Escolar Paralímpico. Esse Mundial nos deixa a certeza de que o futuro será ainda melhor que o presente”, avaliou Mizael Conrado, presidente do CPB.

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