Salvador, 10 de novembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Fevereiro Roxo: cuidados paliativos e reabilitação garantem mais qualidade de vida

O mês de fevereiro é marcado pela campanha cujo objetivo é promover a conscientização sobre controle dos sintomas, condições de tratamento e adaptação diante dos impactos provocados por três doenças crônicas que afetam milhões de brasileiros: Alzheimer, lúpus e fibromialgia. Incuráveis, essas condições são consideradas silenciosas e progressivas. De acordo com o Ministério da Saúde, somente o Alzheimer atinge cerca de 33% da população com mais de 80 anos.

 

Médico geriatra e paliativista da Clínica Florence Unidade Salvador, Rafael Calazans explica que, apesar da impossibilidade de cura, existem estratégias que ajudam a evitar o avanço dos quadros e minimizar seus efeitos, como múltiplas internações e perda de habilidades voltadas a realização de atividades diárias.

“Um dos pontos em comum no tratamento dessas doenças é o cuidado que prioriza o conforto, bem-estar e a melhora da qualidade de vida dos pacientes. Isso também envolve, em determinados momentos, atendimentos de reabilitação para a recuperação de alguma capacidade funcional, principalmente após agravamento ou internação que leva à perda de funções de forma provisória”, afirma.

Outra abordagem, de acordo com o especialista, é a orientação das famílias em relação às características de cada uma, formas de conter a progressão e possíveis complicações. “Assim como as pessoas que convivem, os seus familiares necessitam entender como essas enfermidades funcionam. Então, conversas sobre prognóstico, objetivos dos cuidados e desfechos sempre precisam acontecer”, diz.

 

Entre as principais causas de demência, o Alzheimer interfere tanto nas funções cognitivas, a exemplo da memória, atenção e linguagem, quanto no comportamento individual e nas relações sociais. O lúpus, por sua vez, é uma doença inflamatória autoimune que costuma acometer diversos órgãos e tecidos. Já a fibromialgia é caracterizada pela dor generalizada no corpo, maior sensibilidade ao toque e alterações no sono e humor.

 

Linhas de cuidado

Devido à complexidade, os cuidados individualizados e multidisciplinares – que incluem profissionais de diversas áreas – são cruciais em todos os estágios das enfermidades. De acordo com Rafael Calazans, os tratamentos devem evitar medidas agressivas, invasivas e que podem prolongar o sofrimento dos pacientes por meios artificiais.

“Na Clínica Florence, por exemplo, a nossa meta é a qualidade de vida. Interferimos para proporcionar bem-estar, além da diminuição de exacerbações e internações, deixando ocorrer a história natural da doença. Em algumas situações, por conta de algum declínio funcional que possa ser totalmente ou parcialmente revertido, o paciente também se beneficia da reabilitação. Chamamos esse processo de cuidado de adequação, que significa tentar ganhos pontuais visando uma melhor qualidade de vida”, ressalta.

 

O geriatra completa que, para dar seguimento aos cuidados paliativos ou reabilitação após a alta, a clínica ainda capacita pacientes e cuidadores. “Em clínicas de transição, como é o caso da Florence, a abordagem durante o período de estadia também almeja facilitar o retorno para casa. Por isso, focamos na mobilidade dentro dos domicílios, nos materiais indispensáveis, incluindo cama e cadeira de banho, na preparação dos indivíduos que vão auxiliar e garantia da continuidade da assistência médica e interdisciplinar nos lares”, conclui.

Sobre a Clínica Florence

Primeiro hospital de transição de cuidados do Norte/Nordeste a Clínica Florence foi inaugurada em 2017, em Salvador (BA), apresentando uma proposta de internação segura e especializada no atendimento de pacientes em reabilitação intensiva e cuidados paliativos de fim de vida, sendo um marco no tratamento humanizado.

 

Em 2021, a instituição iniciou suas operações na capital pernambucana, com capacidade para 76 leitos e seguindo os padrões de excelência reconhecidos pelas famílias que experimentaram o Jeito Florence de Cuidar e atestaram através dos indicadores de NPS (Net Promoter Score (NPS). Recentemente, a Unidade Salvador finalizou sua segunda ampliação, passando a ofertar 94 leitos para a população baiana e das regiões adjacentes.

 

Com uma estrutura física completa e acessível, a instituição conta com um amplo jardim que possibilita terapias ao ar livre e estímulos sensoriais, estimulando a humanização do cuidado e interações diversas entre pacientes, familiares e amigos.

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