Salvador, 9 de outubro de 2025
Editor: Chico Araújo

Hospital Aristides Maltez realiza mutirão para pacientes com suspeita de câncer de cabeça e pescoço em Salvador

O Hospital Aristides Maltez (HAM), localizada no bairro de Brotas, em Salvador, vai realizar um mutirão de 200 vagas para pacientes com suspeita de câncer de cabeça e pescoço a partir de 7h de sábado (26). Os interessados devem fazer o agendamento pelo número (71) 3357-8531.

Segundo os organizadores da ação de saúde, os pacientes farão consultas e exames com uma equipe formada por médicos especialistas e fonoaudiólogos. As pessoas que tiverem a doença confirmada já terão o tratamento iniciado.

Hábito comum à maioria das pessoas ao acordar, o ato de se olhar no espelho pode ser um aliado na detecção precoce do câncer de cabeça e pescoço, isso porque a maioria dos tumores se manifestam de forma aparente na face, boca ou no próprio pescoço.

Segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP), se diagnosticados e tratados precocemente, tumores dessa região podem apresentar até 90% de chance de cura. No Julho Verde, campanha nacional de conscientização, o tema ganha mais visibilidade e reforça a importância do diagnóstico precoce e da atenção aos sintomas.

Os especialistas apontam que o tabagismo e o consumo excessivo de álcool continuam sendo os principais fatores de risco para esse tipo de câncer. Mas, nos últimos anos, um ponto de atenção passou a ser observado com mais frequência: o aumento de casos entre pacientes jovens, muitas vezes relacionados à infecção pelo HPV.

O que chama atenção é que, segundo estudos recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), quanto mais jovem o paciente, maior a chance de o diagnóstico acontecer já em estágio avançado. Isso porque, nessa faixa etária, a doença costuma ser subestimada tanto por quem sente os sintomas quanto pelos profissionais de saúde.

Mesmo com o avanço das pesquisas e das opções de tratamento, o diagnóstico precoce ainda é o maior aliado contra o câncer de cabeça e pescoço. Segundo o INCA, quando a doença é descoberta no início, as chances de cura ultrapassam os 80%.

Mas para isso, é fundamental estar atento aos sinais:

  • Feridas na boca que não cicatrizam;
  • Rouquidão persistente;
  • Dor ou dificuldade para engolir;
  • Sangramentos frequentes;
  • Nódulos no pescoço.

 

O que é o câncer de cabeça e pescoço

O câncer de cabeça e pescoço compreende uma série de tumores que afetam regiões como cavidade oral, faringe, laringe e, com menor frequência, áreas como seios paranasais e glândulas salivares.

Em geral, esses tumores surgem a partir de células que sofrem mutações em seu DNA, provocando um crescimento anormal e descontrolado. Essa multiplicação desordenada forma massas tumorais que, com o tempo, comprometem funções essenciais.

Por afetarem áreas visíveis e sensíveis, esses cânceres podem impactar profundamente a qualidade de vida, exigindo atenção especial tanto aos sintomas quanto à prevenção.

De acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço para o ano de 2025, o Brasil deverá registrar cerca de 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço. A maior concentração está na região sudeste e esses dados mostram que, embora o problema seja nacional, ele incide com mais força justamente nas regiões mais populosas.

Principais fatores de risco

Apesar dos avanços no diagnóstico e no tratamento, o câncer de cabeça e pescoço continua sendo fortemente ligado a hábitos e condições que podem ser evitados ou controlados. Tabagismo e consumo excessivo de álcool ainda lideram a lista de causas mais comuns, mas não estão sozinhos.

Conhecer esses fatores é o primeiro passo para se proteger:

  • Tabagismo – Principal fator isolado, com alto potencial cancerígeno;
  • Consumo excessivo de álcool – Potencializa os efeitos do cigarro;
  • Má higiene bucal – Pode favorecer o desenvolvimento de lesões na boca;
  • Uso frequente de antissépticos bucais com álcool – Associado ao câncer de boca;
  • Infecção por HPV – Ligada ao câncer de orofaringe, especialmente em jovens;
  • Alimentação pobre em frutas e verduras – Reduz a proteção celular;
  • Obesidade – Favorece processos inflamatórios e mutações celulares;
  • Sedentarismo – Reduz a imunidade e contribui para o ganho de peso;
  • Exposição ocupacional a substâncias tóxicas – Como o amianto e o benzeno;
  • Histórico familiar (hereditariedade) – Pode aumentar o risco precoce.

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