Salvador, 8 de dezembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Lula lamenta morte do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, aos 100 anos. “Foi, acima de tudo, um amante da democracia e defensor da paz”, escreveu, em seu perfil na rede social X.

“No fim dos anos 70, pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina.”

“Carter conseguiu a façanha de ter um trabalho como ex-presidente, ao longo de décadas, tão ou mais importante que o seu mandato na Casa Branca”, completou.

No post, Lula cita ainda que o ex-presidente norte-americano “criticou ações militares unilaterais de superpotências e o uso de drones assassinos”, além de ter trabalhado junto ao Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti.

“Criou o Centro Carter, uma referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo. Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento”, concluiu Lula.

Jimmy Carter, um fazendeiro que, como presidente dos Estados Unidos, enfrentou uma economia desfavorável e a crise de reféns no Irã, e que também intermediou a paz entre Israel e Egito e recebeu o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho humanitário, morreu em casa, na Geórgia, no domingo (29).

Democrata, Carter serviu na Casa Branca entre janeiro de 1977 e janeiro de 1981. Tendo vivido mais que qualquer outro ex-presidente na história dos Estados Unidos, viu sua reputação aumentar depois que deixou o cargo – feito que ele mesmo reconheceu.

Prêmio Nobel

Em nota divulgada nesta segunda-feira (30), o órgão que concede o Prêmio Nobel da Paz avaliou que o ex-presidente Jimmy Carter deve ser elogiado por suas “décadas de esforços incansáveis” para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais e para promover a democracia e os direitos humanos.

O Comitê Norueguês do Nobel geralmente se abstém de comentar mortes de vencedores do Nobel da Paz. A última vez que isso aconteceu foi em 2017, quando o dissidente chinês Liu Xiaobo morreu na prisão. O comitê reiterou seu elogio a Carter, lembrando referências feitas ao líder norte-americano quando ele recebeu o prêmio em 2002.

“Com a morte do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, o Comitê Norueguês do Nobel gostaria de repetir seu elogio por suas ‘décadas de esforço incansável para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, para promover a democracia e os direitos humanos e para promover o desenvolvimento econômico e social'”, disse o comitê à Reuters.

E acrescentou: “No início deste outono, o comitê teve o prazer de parabenizá-lo por seu 100º aniversário, afirmando que seu trabalho em prol da paz, da democracia e dos direitos humanos será lembrado por mais 100 anos ou mais”.

Agência Brasil

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