O artista plástico César Romero, de 74 anos, morreu após se engasgar enquanto se alimentava com a ajuda de uma cuidadora. O caso, ocorrido nesta semana, chamou a atenção para a gravidade e a frequência dos episódios de asfixia alimentar, que podem atingir pessoas de todas as idades.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 94% dos casos fatais de engasgo envolvem crianças de até 7 anos. Nessa faixa etária, o risco aumenta porque é comum que os pequenos levem objetos à boca ou ao nariz, o que pode obstruir a passagem de ar.
No caso da alimentação, especialistas alertam para alimentos com maior potencial de causar obstrução, como amendoim, feijão, pipoca e milho, que podem ser engolidos sem a devida mastigação.
Os sinais de engasgo costumam ser perceptíveis: tosse persistente, chiado no peito, falta de ar súbita, rouquidão e coloração arroxeada nos lábios e unhas.
As ações de socorro variam conforme a gravidade.
Quando o engasgo é parcial, e a pessoa ainda consegue tossir ou emitir sons, o indicado é não interferir e levar imediatamente a um serviço de saúde.
Já em casos de obstrução total, em que não há sons nem tosse e a respiração é interrompida, a intervenção deve ser imediata.
Para bebês com menos de 1 ano, o Ministério da Saúde orienta realizar cinco batidas nas costas, com a criança virada de cabeça para baixo, seguidas de cinco compressões no peito, até que o objeto ou alimento seja expelido.
Em crianças com mais de 1 ano e adultos, deve ser aplicada a manobra de Heimlich — uma sequência de compressões firmes abaixo das costelas, em direção para cima, com o objetivo de liberar as vias aéreas.
Casos como o de César Romero reforçam a importância de reconhecer os sinais de engasgo e agir rapidamente, já que a asfixia pode causar morte em poucos minutos se não houver atendimento imediato.