Salvador, 10 de novembro de 2025
Editor: Chico Araújo

Policiais ligados à milícia são acusados da morte de vereador no Rio

Crimes estão relacionados à disputa por poder político, diz MPRJ

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e da Polícia Civil, cumpriu, nesta quinta-feira (11), seis mandados de prisão e sete de busca e apreensão contra os acusados pela morte do vereador de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Danilo Francisco da Silva, conhecido como Danilo do Mercado, e de seu filho, Gabriel Gomes da Silva. A denúncia do MPRJ aponta que os crimes estão ligados à disputa por poder político e econômico no município, além de negócios ilícitos e conflitos fundiários.

Entre os alvos estão três policiais militares. Um deles, Leandro Machado da Silva, já havia sido denunciado por envolvimento no caso do homicídio do advogado Rodrigo Crespo, ocorrido no centro do Rio, em fevereiro de 2024. Os mandados expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias foram cumpridos em Duque e Caxias, Belford Roxo, Nova Iguaçu e Magé.

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu em 10 de março de 2021, quando o vereador e seu filho, Gabriel Francisco Gomes da Silva, foram atraídos a um restaurante no bairro Jardim Primavera sob o pretexto da venda de uma carreta.

Os suspeitos são envolvidos com uma milícia que tem ligação com o contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, que é patrono da Escolas de Samba Acadêmicos do Salgueiro e está foragido da Justiça. Adilsinho foi indiciado por suspeita de ser o mandante das mortes de Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinhos Catiri, homem de confiança do bicheiro Bernardo Bello e seu segurança, Alessandro, conhecido como Sandrinho.

No dia do crime, Luis Henrique Torres atraiu para o restaurante, o vereador e seu filho. Quando conversava, antes de entrar para o almoço, apareceram os policiais militares Allef Alves Bernardino, Leandro Machado da Silva e Luiz Carlos da Costa Ribeiro, acompanhados de Uanderson Costa de Souza. Eles chegaram de carro e efetuaram diversos disparos contra as vítimas. O sexto denunciado, Lincoln Reis da Silva, manteve contato com os executores momentos antes e, junto de Luis Henrique, tentou se desfazer do carro usado na comunicação com os atiradores. Ainda de acordo com as investigações, os envolvidos integram uma milícia de Duque de Caxias, comandada por Adilsinho e são suspeitos de participação em outros homicídios no estado.

Adilsinho, apesar de patrono do Salgueiro, não pode aparecer na escola e está desaparecido desde antes do carnaval deste ano, quando não pode ir à Marquês de Sapucaí acompanhar o desfile da escola.

Agência Brasil

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